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domingo, 6 de maio de 2012



MARATONA DE ROMA






Um espectro ronda a Europa. O espectro da falência econômica. A zona do euro ameaçada. As cartas são dadas por Angela Merkel e Nicolas Sarkozy. Enquanto escrevo este blog veja a notícia que Francois Hollande provavelmente será o novo presidente. Mesmo assim, creio, a Alemanha e a França continuarão a ditar  as regras na União Europeia. Pois a Grécia está em vias de falência total. A Espanha batendo recordes em desemprego, principalmente entre os jovens. Portugal combalido. A Itália, além de ir muito mal,  só recentemente se livrou de Berlusconi. Um dos mais caricatos e piores governantes que a Itália já teve desde a unificação realizada por Garibaldi. Claro, houve o fascista sanguinário lambe-botas de Hitler, o Mussolini. Este já foi eliminado pela História. E teve o seu fim merecido pendurado nas ruas de Roma.

É evidente que a Roma antiga teve imperadores loucos, sanguinários, ditadores, assim como outros respeitáveis, mesmo com ideias imperiais de domínio mundial, como Adriano, Marco Aurélio...e outros tresloucados como Nero, Calígula, Tibério etc.

A Itália está em crise, em profunda austeridade e pressionada por isso. E Roma, claro, segue este preceitos e ordens advindas da comunidade europeia.

Apesar disso, o meu sentimento sobre a Roma contemporânea é outro. Recentemente, há poucos dias, corri a maratona de Roma. E o que vi nas ruas foi um júbilo excepcional da população, na contramão da crise europeia. Eu vi uma maratona bem organizada. eu vi uma multidão de locais e turistas aplaudindo os maratonistas ainda bem cedo de um domingo. E o sentimento que a crise ainda não chegou à maratona, pois ela continua crescendo.

Esta maratona é feita para turistas. A largada e chegada é realizada simbolicamente no Coliseu. (Descrevo proficuamente no meu relato os filmes realizados tendo como pano de fundo e objetivo, o Coliseu). E logo depois da largada vem o Circo Massimo, o que também lembra vários filmes épicos. E daí corremos beirando o rio Tibre, passando por Trastevere, bairro antigo e povoado de restaurantes e vida noturna. Pouco depois entramos no Vaticano, beirando a entrada da praça de São Pedro. Passamos, então, por inúmeros pontos turísticos como Piazza del Poppolo, Piazza Navona, a Escadaria Espanhola, Fontana di Trevi...todos eles settings de vários filmes que, mais uma vez, descrevo no relato.

A chegada é triunfal. Realizamos uma volta no Coliseu e chegamos com o aplauso dos romanos e, majoritariamente, dos turistas. Afinal, Roma é uma cidade aberta aos turistas o ano inteiro.

Eu não posso me alongar mais porque isto aqui é um blog. E me ensinaram que em blog é de bom alvitre que seja bem suncito. A prolixidade é o averso do mundo cibernético. O meu longo relato vai desta maneira para uma caixa juntar-se a outros ainda inéditos.
Uma caixa de Pandora? Talvez. Os leitores bem ou mal irão definir num futuro não muito longíquo....